Especialidade fisioterápica inovadora para os pés corrige as assimetrias corporais livrando das dores pessoas das mais diversas idades. Muitos atletas se beneficiam de maneira considerável com as palmilhas e você também pode tirar proveito disso.
O jogador profissional de futebol Lúcio Flávio dos Santos, 36 anos, do Coritiba Foot Ball Club, tem hoje bons motivos para comemorar o seu melhor rendimento em campo. Agora ele pode treinar e jogar uma partida sem sentir dor. Apesar de atleta desde muito jovem, Lúcio Flávio vinha nos últimos três anos sentindo fortes dores na sola do pé esquerdo, o que estava afetando sua atuação nos treinos e nos jogos. Pois, ninguém consegue dar o melhor de si num esporte sentindo dores.
Os tratamentos convencinais foram nunca resultaram em um solução definitiva, com as dores sempre voltando.
“A dor melhorava por um tempo, mas depois voltava. Como jogo em vários tipos de solo e troco de chuteiras com frequência, as dores se tornavam mais intensas em determinados períodos”, revela. Para a satisfação do jogador, o tratamento por meio da podoposturologia veio resolver o seu problema, pondo fim ao sofrimento e possibilitando a prática do futebol sem sobressaltos.
Então, como funciona a Podoposturologia?
A Podoposturologia consiste na reeducação postural através de palmilhas. Depois de uma avaliação postural clínica com podoscópio, anamnese, teste de equilíbrio, análise de rotação, nivelamento de pelve e tensão da musculatura paravertebral, o fisioterapeuta especialista em podoposturologia prescreve e confecciona uma palmilha específica para cada necessidade com base nos resultados obtidos no exame clínico, que mensura de forma exata as pressões sobre áreas específicas dos pés resultantes da distribuição do peso corporal. O exame clínico é soberano na prescrição das palmilhas, a baropodometria é meramente complementar e serve como comparação com os resultados posteriormente atingidos. A palmilha corrige os desvios posturais que geram as dores e coloca o corpo no eixo através de um novo centro gravitacional, até problemas de ATM (articulação temporomandibular) e alguns distúrbios de visão são corrigidos.
No caso do jogador Lúcio Flávio, em uma semana de tratamento com as palmilhas, as dores melhoraram. “Nos primeiros dias estranhei um pouco, mas depois me adaptei e o uso das palmilhas tornou-se natural. Como a dor limitava minha atuação e às vezes eu não podia treinar, o tratamento foi importante porque hoje estou bem e jogo sem limitações!”, comemora o atleta profissional.
As palmilhas de podoposturologia podem ser usadas por todas as pessoas, incluindo crianças e idosos, e se adaptam a qualquer tipo de calçado, inclusive tênis de corrida, sandálias e sapatos de salto. O tratamento é rápido, seguro, de custo acessível e tem apresentado resultados surpreendentes.
Os pés são responsáveis pelo equilíbrio do nosso corpo, sendo a base de sustentação. A coordenação e a regulação da nossa postura estática e dinâmica provêm de informações enviadas da planta dos pés ao cérebro através de neurorreceptores de pressão. “As alterações morfológicas e funcionais que acometem os pés acabam originando desequilíbrios posturais que, com o passar do tempo, resultam no aparecimento de dores, enrijecimentos, contraturas musculares, desconforto e patologias de ordem postural, sobretudo nos membros inferiores e na coluna vertebral”, explica Dr. Victor Marcassa Neto, fisioterapeuta especialista em Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica e Desportiva, com formação em Podoposturologia. Traumatismos nos pés, entorses de tornozelo, uso de sapatos inapropriados ou perturbações vindas até mesmo dos olhos ou dentes são fatores que levam os pés a sofrerem modificações de posição e, assim, desequilibrar o sistema postural. “Quando se fala em postura, os principais responsáveis pelo ajustamento postural são os três receptores sensoriais (pés, visão e aparelho da mastigação).
As informações provenientes desses locais são enviadas para o cérebro e cerebelo, onde o organismo irá tratá-las, ajustando
o corpo ao equilíbrio”, explica Dr. Marcassa. Por isso, o tratamento com as palmilhas também interfere na correção de problemas da articulação temporomandibular e distúrbios visuais, reajustando o organismo como um todo. Durante três anos, a bancária aposentada Vera Regina Knewitz, 63 anos, ficou andando com dificuldade, dor no pé e no quadril, devido a um encurtamento na perna decorrente de fratura de fêmur no passado. “Vivia virando o pé, não podia pedalar e já tinha recorrido a diversos tratamentos alternativos como natação, hidroginástica, pilates, treino funcional, mas ainda assim continuava sem equilíbrio e sentindo dor”, relata. Depois de 45 dias usando as palmilhas, o quadro mudou. “Os 2 cm que tinha a menos numa perna foram compensados, minha postura melhorou, não senti mais dor e me sinto recuperada”, ressalta Vera. Os benefícios foram além para a bancária Estela Maris Bolicenho Boza, 51 anos, que tinha dores na perna, ombro e sentia muito desconforto ao trocar de posição, seja ao dormir ou mesmo para levantar um braço. “No exame clínico descobri uma diferença na altura das pernas, por isso nem a fisioterapia, pilates ou a osteopatia resolveram meu problema. Mas em 45 dias usando as palmilhas, o conforto foi imediato, as dores desapareceram e melhorei até a mordida (ATM) e um zumbido nos ouvidos devido ao desequilíbrio corporal”, declara Estela Maris.
A prescrição das palmilhas é feita de acordo com o tipo de marcha (rotação interna ou externa das pernas), perna curta, pé cavo, pé plano (chato), esporão de calcâneo, calcâneo valgo, calcâneo varo, joelho valgo, joelho varo, joanete e tendinites nos membros inferiores. São indicadas também para o tratamento dos desníveis da pelve, dores na região cervical, lombar e dorsal, dores irradiadas, pubalgias, hérnias de disco, síndromes musculares e fasciais, síndromes femuropatelares, artrose, artrite, alterações morfológicas da coluna vertebral, calosidade, bolhas nos pés e unha encravada; corrige a pisada, dores de cabeça, fascite na planta dos pés, disfunção da ATM, canelite do atleta, dentre outras. “As palmilhas corrigem os desvios posturais do corpo no espaço, nivelam a pelve, diminuem a torção do tronco, contribuem para a melhor congruência das articulações e amenizam a sobrecarga principalmente na coluna vertebral, prevenindo e tratando eventuais afecções que possam aparecer”, assegura Dr. Marcassa. As palmilhas resolvem boa parte das dores corporais porque é feita análise minuciosa do paciente através de exame clínico e/ou da baropodometria computadorizada, que verifica os padrões de deslocamento do corpo e o tipo de pé do paciente, para então confeccionar as palmilhas. Além disso, dependendo das necessidades de cada caso, são inseridos elementos de EVA (etilvenilacetato) nas palmilhas com espessura de um a no máximo três milímetros, em locais da superfície plantar predefinidos pela avaliação baropodométrica e postural. “Esses elementos fornecem informações inconscientes ao sistema nervoso e, como resposta, o corpo produz um reequilíbrio postural”, completa Dr. Marcassa. Por isso, as palmilhas são recomendadas para indiví- duos com dor nos pés, tornozelos, pernas, joelhos, quadris e na coluna vertebral, com sobrepeso e disfunções circulatórias nos membros inferiores (pé diabético, por exemplo).