O que são Palmilhas Ortopédicas

O que são Palmilhas Ortopédicas

 

 

 

O que são Palmilhas Ortopédicas. A podoposturologia corrige as assimetrias corporais de forma rápida e segura, e principalmente, definitivamente, pois elemina a causa dos problemas. 

 

 

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A empresária Marilda de Oliveira, de 52 anos, tinha motivos de sobra para se queixar de dores pelo corpo. Além de sentir muita dor nas solas dos pés, passou também a ter dificuldades para andar, devido a um dedo que estava entortando, e apresentava um descolamento de unha, causando desequilíbrios e quedas. Para completar o quadro, ela tinha câimbras frequentes, dor no calcanhar e dores de cabeça que se estendiam ao ouvido e olho direito, afetando sua qualidade de vida.

 

“Como trabalho em pé e preciso andar muito, estava sofrendo demais”, lembra a empresária. “Vivia tropeçando e cheguei a cair de cara no chão por causa dessa situação. Até que conheci a podoposturologia e descobri que tudo isso era provocado por um desvio de coluna e um desencaixe na perna”. A partir do momento em que começou a usar as palmilhas, acabaram as dores. “Corrigi minha postura e melhorei 100%. Nem precisei arrancar a unha, como tinha me recomendado a podóloga”, comemora Marilda, que já voltou a frequentar academia e ganhou disposição.

 

E o que é podoposturologia? A resposta é simples: trata-se de um novo conceito terapêutico inovador da fisioterapia, que consiste na reeducação postural através de palmilhas. Primeiro, o paciente passa por uma avaliação postural clínica com podoscópio, anamnese, teste de equilíbrio, análise de rotação, nivelamento de bacia e tensão da musculatura paravertebral, para que o fisioterapeuta podoposturologista prescreva e confeccione uma palmilha específica para sua necessidade. As palmilhas podem ser usadas por todos, incluindo crianças, idosos e atletas, e se adaptam a qualquer tipo de calçado, inclusive tênis de corrida, sandálias e sapatos de salto. O tratamento é rápido, seguro, de custo acessível e tem apresentado resultados surpreendentes.

 

Entendendo a técnica

O equilíbrio do nosso corpo se inicia pelos pés, que são sua base de sustentação. A coordenação e regulação da nossa postura estática e dinâmica provêm de informações enviadas da planta dos pés ao cérebro através de neurorreceptores de pressão. “As alterações morfológicas e funcionais que acometem os pés acabam originando desequilíbrios posturais que, com o passar do tempo, resultam no aparecimento de dores, enrijecimentos, contraturas musculares, desconforto e patologias de ordem postural, sobretudo nos membros inferiores e na coluna vertebral”, explica Dr. Victor Marcassa Neto, fisioterapeuta especialista em fisioterapia ortopédica, traumatológica e desportiva, com formação em podoposturologia.

 

De acordo com o especialista, traumatismos nos pés, entorses de tornozelo, uso de sapatos inapropriados ou perturbações vindas até mesmo dos olhos ou dentes são fatores que levam os pés a sofrerem modificações de posição e, assim, desequilibrar o sistema postural. “Quando se fala em postura, os três principais responsáveis pelo ajustamento postural são os receptores sensoriais (pés, visão e aparelho da mastigação). As informações provenientes desses locais são mandadas para o cérebro e cerebelo, onde o organismo irá tratá-las, ajustando o corpo ao equilíbrio”, explica Dr. Marcassa. Por isso, o tratamento com as palmilhas também interfere na correção de problemas da articulação têmporo-mandibular e distúrbios visuais, reajustando o organismo como um todo.

 

Efeitos rápidos e duradouros

Quando usa as palmilhas de podoposturologia, o paciente pode sentir seu corpo se estabilizando. Isso acontece porque a técnica orienta o corpo para seu centro gravitacional correto, mudando o equilíbrio e ajustando os estímulos neurológicos para esta nova posição. Depois de 45 dias, em média, usando as novas palmilhas de 10 a 12 horas por dia, o paciente precisa retornar ao especialista, que irá avaliar a evolução do tratamento. “Nesse período, já é possível perceber mudanças profundas na planta dos pés e as queixas diminuem significativamente”, afirma Dr. Marcassa.

 

O tratamento foi o que resolveu as dores na parte interna da canela do bancário Rodrigo Ribeiro, de 34 anos. Corredor e praticante de futebol, o paciente consultou um ortopedista, que atribuiu seu problema à pisada errada devido ao uso de tênis inadequado para corrida. “Quando recorri à podoposturologia, descobri que tinha a pisada neutra e que as dores eram decorrentes de um desvio postural ocasionado por desequilíbrio na bacia. Depois de 45 dias usando as palmilhas, não sinto mais nada. Voltei a correr, jogar futebol e andar de bicicleta sem problema algum”, ressalta.

 

Em grande parte dos casos clínicos, após 45 dias de uso já é possível o paciente receber alta e parar de usar as palmilhas, pois o corpo já reprogramou a nova postura. “No entanto, é preciso de 10 a 12 meses para fixar essa nova condição postural, por isso o paciente precisa voltar depois de um ano para avaliação”, reforça o fisioterapeuta.

 

Para Leonardo Stringhetto Salvador, de 10 anos, que andava com os pés voltados para dentro, tinha problemas de locomoção e não podia praticar esportes, a podoposturologia foi fundamental. “Ele andava pendendo para o lado, derrubava as coisas, tropeçava sempre e eu achava que era coisa da idade. Ele tinha que trocar de sapato a cada dois meses, pois o calçado gastava totalmente de um lado só. Depois do tratamento com as palmilhas, tudo melhorou: ele dorme melhor, pisa corretamente, corre e brinca e os sapatos gastam por igual. Meu filho resgatou a infância”, relata a mãe de Leonardo, Sheila Duarte S. Stringhetto.

 

Principais indicações

A prescrição das palmilhas é feita de acordo com a marcha (rotação interna ou externa da perna), perna curta, pé cavo, pé plano (chato), esporão de calcâneo, calcâneo valgo, calcâneo varo, joelho valgo, joelho varo, joanete e tendinites nos membros inferiores. São indicadas também para o tratamento dos desníveis da bacia (obliquidade), dores na região cervical, lombar e dorsal, dores irradiadas, pubalgias, hérnias de disco, síndromes musculares e fasciais, síndromes fêmuro-patelares, artrose, artrite, alterações morfológicas da coluna vertebral, calosidade e bolhas nos pés, unha encravada, corrige a pisada, dores de cabeça, fascite na planta dos pés, disfunção da ATM (articulação têmporo-mandibular), canelite do atleta, dentre outras.

 

A pedagoga Vitória Aparecida de Oliveira, de 55 anos, tinha tendinite crônica, dores nos dois pés e joelhos e uma espondilistese que comprometia a coluna. “Atribuía as dores aos sapatos, pois só conseguia ficar sem dor se andava de tênis, e por pouco tempo. Deixei de nadar e praticar yoga e estava com os movimentos comprometidos. Depois de 45 dias com as palmilhas, as dores diminuíram e recuperei minha vida”, salienta a paciente.

 

“As palmilhas corrigem os desvios posturais do corpo no espaço, nivelam a bacia, diminuem a torção do tronco, contribuem para a melhor congruência das articulações e amenizam a sobrecarga principalmente na coluna vertebral, prevenindo e tratando eventuais afecções que possam aparecer”, assegura Dr. Victor Marcassa Neto.

 

Por que as palmilhas resolvem boa parte das dores corporais?

Em primeiro lugar, porque é feita uma análise minuciosa do paciente através da baropodometria computadorizada, que verifica os padrões de deslocamento do corpo e o tipo de pé do paciente, para então confeccionar as palmilhas. É como se a pessoa pisasse numa balança que identifica sua pisada, apontando os problemas que estão causando dor ou desconforto.

 

Em segundo lugar, porque dependendo das necessidades de cada caso, são inseridos elementos de EVA (etilvenilacetato) nas palmilhas com espessura de um a no máximo três milímetros, em locais da superfície plantar predefinidos pela avaliação baropodométrica e/ou postural. “Estes elementos fornecem informações inconscientes ao sistema nervoso e, como resposta, o corpo produz um reequilíbrio postural”, completa Dr. Marcassa.

 

No mesmo dia da consulta, o paciente sai da clínica usando as palmilhas. Fabricadas com tecnologia europeia, elas absorvem o suor, os impactos sob os calcanhares, nas articulações dos membros inferiores e na coluna vertebral durante o caminhar. Por isso, são recomendadas para indivíduos com dor nos pés, tornozelos, pernas, joelhos, quadris e na coluna vertebral, com sobrepeso e disfunções circulatórias nos membros inferiores (pé diabético, por exemplo).

 

Revista Corpore

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